Foi
realizado na última sexta feira, 11 de dezembro, no auditório da OAB Paraíba,
palestra acerca da violência contra a mulher, sendo abordadas as leis Maria da
Penha e do Feminicídio dentro do contexto da palestra. Participaram do evento representantes
de diversas áreas, que atuam conjuntamente e que estão mobilizados para atender as mulheres vítimas de qualquer tipo de
violência.O Centro De Referência da Mulher Ednalva Bezerra, por exemplo,
contém serviços de ordem social, psicológica, jurídica, de arte e educação,
acolhendo mulheres em situação de violência
que buscam ajuda imediata ou não a partir da vulnerabilidade em que se encontram, não necessariamente tendo que denunciar o agressor para ter o apoio do centro. O CRAS-Centro de Referência de Assistência à Mulher se configura como a “porta de entrada” da Assistência Social, ofertando e coordenando, em rede, ações que previnem situações de risco social. O Hospital Cândida Vargas também é parceiro nessa campanha, acolhendo mulheres vítimas de estupro, que são tratadas de forma diferenciada, humanizada, dando todo o suporte tanto para abortos legais quanto no tratamento e acompanhamento de possíveis doenças sexualmente transmissíveis. As DEAM, ou delegacias da mulher, que também foi um grande avanço nessa luta, pois além de agilizar as denúncias, retirou o ambiente machista e vexatório das delegacias comuns ocupadas por homens. A Defensoria Pública e o Ministério Público que têm se conscientizado da importância do fato. Além da Central de Atendimento à Mulher através do disque 180.
que buscam ajuda imediata ou não a partir da vulnerabilidade em que se encontram, não necessariamente tendo que denunciar o agressor para ter o apoio do centro. O CRAS-Centro de Referência de Assistência à Mulher se configura como a “porta de entrada” da Assistência Social, ofertando e coordenando, em rede, ações que previnem situações de risco social. O Hospital Cândida Vargas também é parceiro nessa campanha, acolhendo mulheres vítimas de estupro, que são tratadas de forma diferenciada, humanizada, dando todo o suporte tanto para abortos legais quanto no tratamento e acompanhamento de possíveis doenças sexualmente transmissíveis. As DEAM, ou delegacias da mulher, que também foi um grande avanço nessa luta, pois além de agilizar as denúncias, retirou o ambiente machista e vexatório das delegacias comuns ocupadas por homens. A Defensoria Pública e o Ministério Público que têm se conscientizado da importância do fato. Além da Central de Atendimento à Mulher através do disque 180.
Neste ano, a lei Maria da Penha
completa 9 anos que, mesmo com redução de 10% dos casos de mortes de mulheres em
ambiente doméstico, reflete uma situação, ainda, de muita discriminação e
violência contra a mulher. Para ajudar nesse combate, foi sancionada em 9 de
março a Lei do Feminicídio, caracterizado quando a mulher, seja ela adulta,
criança ou adolescente, é assassinada simplesmente pelo fato de ser mulher, sendo
crimes
cometidos com requintes de crueldade como mutilação dos seios ou outras partes
do corpo que tenham intima relação com o gênero feminino, assassinatos
cometidos pelos parceiros, dentro de casa ou aqueles com razão discriminatória,
quando um homem comete o
assassinato de uma mulher por acreditar que ela esteja ocupando um lugar
exclusivo ao sexo masculino, como faculdades ou determinados cargos
profissionais.
A violência contra a mulher é um problema social que ameaça a
qualidade de vida e a autonomia das mulheres e deve ser tratada com ações concretas.
A violência pode ser física: socos, empurrões,
queimaduras, cortes, facadas, tiros; sexual:
quando a mulher é forçada a ter relações sexuais contra a sua vontade, mesmo
como o marido ou parceiro; psicológica:
insultos, ofensas, intimidações, manipulações, humilhações e ameaças que
atingem a autoestima das mulheres; moral:
calúnias, difamações ou injúrias à honra ou à reputação da mulher; patrimonial: retenção ou destruição de
instrumentos de trabalho, documentos, dinheiro ou cartões de crédito e não pagamento
de pensão alimentícia.
O momento mais emocionante foi durante depoimentos espontâneos
de mulheres vítimas da violência doméstica de forma direta ou indireta, pelas
filhas de mães agredidas por pais bêbados, machistas e violentos. Os danos parecem
permanentes, principalmente os psicológicos, afetando toda uma qualidade de
vida dessas mulheres, tornando-as eternas reféns de seus pesadelos e fantasmas.
Daí a importância de cada vez mais haver debates sobre o tema, como foi feito
no ENEM deste ano, expondo na mídia, nas redes sociais e, principalmente, na
consciência de cada um de nós que homens e mulheres são iguais, que o machismo
deve ser retirado de uma vez por todas da vida moderna, tanto nos homens quanto
nas mulheres (sim, existem muitas mulheres machistas também), os que reprovam
atos feministas, que não toleram igualdade de cargos, funções e remunerações,
que acham que a mulher deve ser estuprada por usar roupas curtas, que não têm o
mínimo respeito na rua, no ônibus, no metrô, que assediam de forma acintosa,
com a pífia e ridícula justificativa de que faz parte da natureza do macho, que
estão por toda parte, no trabalho, na
escola ou faculdade, na sua rua, e até dentro de casa.
Basta dessa violência, devemos agir com rigor e com rapidez,
tendo apoio de órgãos competentes da justiça para punir de forma severa os trogloditas
da era moderna, além dos programas de governo através de secretarias
especializadas no combate da violência contra a mulher. E que todas as mulheres
percam o medo de denunciar, de se afastar de quem não a ama, percam o medo de
se expor como vítima real dessa violência, pois quem ama não bate, não xinga, não
destrata, quem ama beija, elogia e respeita todas as figuras femininas que
rodeiam sua vida.
Centro
de Referência da Mulher Ednalva Bezerra – 0800 283 3883 – Rua Afonso Campos,
111 – Centro JP-PB
Delegacia
Especializada da Mulher – 83 3218 5316 –
Av. Dom Pedro II, 853 – Centro JP-PB
Hospital
Cândida Vargas – 83 3015 1500 – Av. Coremas – Jaguaribe JP-PB
Central
Nacional de Atendimento à Mulher – disque 180
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